Eclectus
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Espécie: Eclectus r. roratus
Comprimento: 35 cm
Peso: 400 a 500g
Longevidade: 70 anos
Habitat:
Florestas, savanas com cobertura de árvores isoladas a 1.000m, excepcionalmente a 1.900m. São regularmente vistos em áreas com vegetação secundária alta e áreas clareadas com algumas árvores, e alimentam-se em áreas cultivadas, plantações e jardins.
Status:
A maioria das subespécies é pelo menos comum nas localidades. A população do cornelia está em perigo de extinção. A especie roratus, está extinto em Ambon, Saparua e Haruku, pela captura para o comércio.
Características:
Os Eclectus pertencem à família dos Psitacídeos. Existe uma única espécie e 9 subespécies. São aves monogâmicas como quase todo psitacídeo. Muito pacatas, quase não se mexem, passam muito tempo paradas dando a impressão de estarem empalhadas, principalmente em viveiros pequenos. É comum recusarem qualquer tipo de comida no início, mas depois de se aclimatarem comem bem. Quem olha pela primeira vez um casal de Ecletus pensa logo que são duas aves de espécies distintas, as diferenças das cores das plumagens e do bico entre machos e fêmeas não podiam ser maiores. Existem, no entanto, variações dentro do mesmo sexo. Nos machos de algumas subespécies o tamanho pode variar, assim como o tom de verde e a quantidade de azul ou amarelo, já nas fêmeas das diversas subespécies existem variações ainda maiores, os corpos podem ir do vermelho escarlate até ao vermelho acastanhado e as quantidades de azul e violeta também variam muito, assim como o amarelo nas caudas. Alguns tipos de fêmeas têm um conjunto de penas azuis em volta dos olhos e outras não. Os tipos sem as penas azuis são geralmente as que têm o vermelho mais brilhante e as cores mais claras. São aves que podem repetir também alguns sons ou mesmo palavras. Como animais de estimação, aconselha-se os machos, pois têm um temperamento mais dócil que o das fêmeas. Estas aves têm mais necessidade de exercício que outros papagaios, por isto, é importante que sejam mantidos em aviários de maiores dimensões.
É mais difícil obtermos um par compatível devido ao temperamento agressivo das fêmeas. Na época da reprodução as fêmeas têm um papel dominante e muitas vezes os machos tem medo delas. Tente escolher suas aves num local onde estejam vários exemplares. Observe atentamente e notará uma relação mais especial entre dois indivíduos e assim aumentará a possibilidade de êxito na escolha do casal reprodutivo. Um outro "truque" é escolher duas aves nascidas no mesmo ano, de pais diferentes e deixá-las atingir a maturidade (três anos) juntas, a fim de terem uma boa relação quando chegarem à idade reprodutiva. Apesar de todas estas exigências, é notório o sucesso na reprodução destas aves, mesmo em aviários menores e nas condições mais surpreendentes.
Viveiros:
Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar as suas energias, o mínimo é de 1x1,2x2m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os eclectus têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas.É importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas, ter 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos, de forma a receber o sol da manhã.
Ninhos:
Na natureza fazem os ninhos principalmente em árvores altas, mortas ou palmeiras na extremidade das florestas, normalmente de 14m a 25m de altura, com uma profundidade entre 30cm a 6m e costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira. Em cativeiro, os em formato de (L) são os mais recomendáveis, porque evita que a fêmea ao descer se jogue em cima dos filhotes. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco, assim como as quinas que o bico deles podem alcançar por cantoneiras de ferro, para evitar que eles o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela de rede por dentro da boca até ao fundo do ninho, para facilitar a descida e subida. Se o fundo do ninho ficar muito húmidoé quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.
Reprodução: É alcançada regularmente, não é tão difícil quando se tem um casal harmonioso. Possui um alto grau de exigência de vitamina A. As fêmeas freqüentemente são muito agressivas com os machos, perseguindo-os e impedindo que eles se alimentem. Em exibição de namoro, os machos aproximam-se das fêmeas, alimentam-nas e limpam o bico no poleiro, logo depois, encostam os seus pescoços, movimentam as cabeças para cima e para baixo, a fêmea começa a persegui-lo implorando por comida e então ela baixa-se no poleiro para ser galada. Os ovos começam a ser postos 14 a 21 dias após a primeira postura. Depois de começar a chocar dificilmente o macho entra no ninho, apenas alimenta a femea na entrada ou em algum galho próximo. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. É importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.
Período de reprodução:
O ano todo.
Amadurecimento sexual:
03 a 04 anos. As espécies menores costumam reproduzir com 02 a 02 ½ anos.
Idade reprodutiva:
Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 50 anoos e que consiga reproduzir até os 25 anos ou mais.
Quantidade de ovos:
Postura de 02 ovos normalmente, raramente 03, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até quatro posturas por ano. O ovo mede 40.2 x 31.0 mm.
Os Filhotes:
Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas têm a íris escura e o bico castanho. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não se conseguirá alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 70 a 80 dias e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Os machos têm um temperamento mais dócil e conseqüentemente ficam mais mansos que as fêmeas. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Alimentação:
São pássaros que comem sementes como: girassol (não devem comer muito por causa do óleo, que irá atacar seu fígado), alpiste, milho alvo (todos os tipos), linhaça, semente de abóbora e aveia (pouca quantidade para não engordarem muito). Devem comer frutas (uva, morango, banana, goiaba, maçã, maracujá, etc...), gostam também de milho verde, cenoura, pepino, ervilhas, amendoim, beterraba e berinjela, alguns chegam a comer feijão semicozido.
No caso da mistura de sementes, o ideal é que a cada tipo diferente de semente se acrescente a mesma medida de alpiste.
Distinção entre os sexos:
Os machos têm uma plumagem verde esmeralda com alguns toques de azul, as asas são verdes, rabo pode ter marcas amarelas e o bico é amarelo alaranjado. As fêmeas são vermelho escarlate com algumas partes violetas, algum amarelo alaranjado no rabo, o bico é negro e brilhante.